Continho

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada do meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
-Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
-Ela não vai não: nós é que vamos nela.
-Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
-Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

(Carlos Drummond de Andrade – Para Gostar de Ler, vol.1- Crônicas p.76 )

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